Homicídio de advogado no Centro do Rio tem ‘assinatura’ de matadores de aluguel, diz delegado em audiência

  • 09/09/2024
(Foto: Reprodução)
Questionado, delegado da DH apontou provas que ligariam réus presos ao monitoramento da vítima e relações com grupo de extermínio ligado a Adilsinho. Julgamento dos réus acusados de matar o advogado Rodrigo Marinho Crespo Henrique Coelho / g1 O delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Rômulo Assis, afirmou em audiência na Justiça nesta segunda-feira (9) que o homicídio do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em fevereiro, tem a “assinatura” de grupos de matadores de aluguel. “É um homicídio praticado com uma certa assinatura, atiradores bem capacitados, pessoas que utilizam uniforme militar. Esse tipo de crime vem sendo constante de determinados grupos de matadores de aluguel. Isso aponta uma direção”. Atualmente, Leandro Machado, Eduardo Sobreira e Cezar Daniel Mondego estão presos por suspeitas de monitorar a vítima nos dias anteriores ao crime. Cesar, Leandro e Eduardo, os três presos por envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo Reprodução “A gente consegue pegar uma imagem muito clara do Eduardo Sobreira, que estava no veículo que estava monitorando o Rodrigo. A sua fisionomia é flagrada com muita clareza”, disse ele. As investigações da DH apontam que os três presos se encontraram antes e depois do crime: “O carro do monitoramento vai até o 15º BPM (Duque de Caxias) no dia 28 (dois dias após o crime). Mondego desce, vai até um local onde existe o estacionamento do batalhão, onde a dh descobre que ali estava Leandro Machado”, pontuou. Durante a audiência de instrução, Rômulo também lembrou que, na pasta de Leandro Machado na locadora onde o carro que monitorou Rodrigo foi alugado, havia nomes de PMs ligados ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho. Adilsinho sofreu buscas em uma operação da Polícia Civil e do MP, quando os três réus foram presos ou se entregaram. A Polícia Civil e o Ministério Público suspeitam que a morte de Crespo pode ter sido um "recado" de contraventores contra o mercado legal de apostas online no Rio de Janeiro. Antes de morrer, Rodrigo tinha começado a se interessar pelo mercado de bets. Sobrinho que sobreviveu também depôs O sobrinho de Rodrigo Marinho Crespo, Pedro Henrique Tow Baptista, que estava com o advogado no momento do assassinato, contou como foi o momento em que a vítima foi baleada em frente à OAB, no dia 26 de fevereiro. “Parei pra comer o salgado, era o que a gente fazia todo santo dia. Parou um carro branco do nosso lado. A porta abriu, eu não vi. Os tiros foram nele. Não vi que era tiro, tomei um tiro de raspão. Não pensei que fosse tiro 5 horas da tarde na porta da OAB”, afirmou a testemunha, que também mencionou o interesse de Rodrigo na legalização de sites de apostas. “Ele queria chegar antes para, lá na frente, ficar milionário. Eu conseguia enxergar não só parte jurídica mas a possibilidade, de lá na frente, abrir alguma coisa”, avaliou. Pedro Henrique disse ainda que não ouviu de Rodrigo nenhuma informação sobre o medo de ser morto por conta de atividades profissionais: “Se ele estivesse com medo de ser morto, acho que ele sairia do Rio de Janeiro", afirmou. Advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, morto a tiros no Rio. Reprodução Monitoramento e execução Um relatório da delegacia de Homicídios cita que Rodrigo Marinho Crespo foi seguido nos dias 22, 24, 25 e 26 de fevereiro, quando o crime aconteceu. Eduardo Sobreira e Cezar Daniel Mondêgo se revezeram entre o endereço da vítima, na Lagoa Rodrigo de Freitas, e o trabalho, na avenida Marechal Câmara, próximo a onde a vítima foi assassinada. Em depoimento, uma testemunha relatou que sabia que Eduardo já integrou um grupo de extermínio, e que andava em um veículo que pertencia a Mondêgo. Imagens obtidas pela DH também mostraram que Eduardo ficou esperando por Mondêgo na portaria de um prédio, demonstrando o vínculo entre eles. Mondêgo foi flagrado por câmeras de segurança no Batalhão de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde trabalha o policial Leandro Machado. Já Eduardo Sobreira admitiu, em depoimento, que se desfez de seu telefone celular após ter sido avisado por Mondêgo a respeito do envolvimento do veículo que usava na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo. Disse ainda que nunca trabalhou no aplicativo Uber, mas que Mondêgo "mandou colocar" a plaqueta no veículo. A análise de câmeras da Cet-Rio mostrou ainda que, após o crime, o veículo subiu o viaduto da Penha, seguiu pela Avenida Lobo Júnior e pegou o caminho para Duque de Caxias.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/09/09/homicidio-de-advogado-no-centro-do-rio-tem-assinatura-de-matadores-de-aluguel-diz-delegado-em-audiencia.ghtml


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