Justiça solta homem preso por suspeita de estuprar mulher por 18 horas no Rio: 'Temo por minha segurança', diz vítima

  • 03/05/2024
(Foto: Reprodução)
Depois que o caso veio à tona, outras vítimas acusaram o homem. Mulher só escapou porque tinha avisado a amigos que iria a um encontro, e, como ela compartilhou a localização, um deles foi até o endereço do homem e a resgatou. Justiça solta homem preso por suspeita de estuprar mulher por 18 horas no Rio A Justiça do Rio de Janeiro soltou Lucas José Dib, de 35 anos, nesta quinta-feira (2). Ele estava preso desde o dia 18 de abril, suspeito de estupro, cárcere privado, ameaça e tortura contra uma paulista. Ela estava a passeio no Rio e conheceu o homem em um aplicativo de relacionamento. Depois de um encontro, ela foi para a casa dele e acabou mantida lá por 18 horas sob ameaça. De acordo com a vítima, ela sofreu violência sexual de todas as formas durante esse tempo. No dia da prisão, ele foi encontrado na própria casa, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Para a vítima, a soltura dele representa um retrocesso para todas as mulheres vítimas de estupro. "Foi um dia muito triste com a notícia da liberdade. Um dia muito triste pras mulheres que já passaram por esse tipo de violência tão brutal. Mas nós seguimos muito fortes, muito confiantes e acreditando na Justiça do nosso país e na Justiça a favor das mulheres, das vítimas desse tipo de crime", desabafa a mulher, que não teve a identidade revelada. "Temo por minha segurança e pela de todas as mulheres que já sofreram nas mãos desse agressor. Confio na Justiça, mas não posso deixar de expressar minha profunda preocupação com essa soltura provisória", completa ela. LEIA TAMBÉM: Preso por estupro e cárcere privado, ex-dirigente de banco mineiro já foi acusado de violência contra outra mulher Homem preso por estupro e cárcere privado no Rio foi chefe de gabinete em banco e estudou na China O que dizem mulheres que se relacionaram com ex-chefe de gabinete de banco preso por estupro e cárcere privado A Secretaria de Administração Penitenciária confirmou que ele saiu nesta quinta do pesídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. A decisão judicial que garantiu a liberdade dele está sob segredo de justiça. A partir disso, Lucas terá que cumprir medidas cautelares, como: Não fazer contato com a vítima, virtual ou presencialmente; Comparecer em juízo todo mês para justificar suas atividades; Entregar o passaporte; Não se ausentar do Rio de Janeiro por mais de 30 dias sem autorização. Segundo o depoimento, ela “permaneceu pelada e torturada por Lucas” das 2h às 20h de 4 de abril, sem comer e obrigada a tomar drogas para não dormir. As relações não consentidas foram sem camisinha. O inquérito segue em andamento na 10ª DP (Botafogo). Abaixo, assista a reportagem sobre o dia da prisão: Homem é preso por estupro e cárcere privado Segundo ela, no dia, só escapou porque tinha avisado a amigos que iria ao encontro, e, como ela compartilhou a localização, um deles foi até o endereço e a resgatou. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirma o estupro e agressões “por ação contundente”. O g1 tenta contato com a defesa de Lucas. O que disse a mulher na denúncia A mulher contou que estava hospedada na casa de uma amiga, na Barra da Tijuca, e combinou de encontrar Lucas em um bar na Rua Arnaldo Quintela, em Botafogo; Os dois chegaram por volta das 21h30 de 3 de abril e foram a pelo menos 4 bares na região. Em um deles, se beijaram; Por volta da meia-noite, Lucas a convidou a subir ao apartamento dele, em um condomínio perto dali, na Rua Voluntários da Pátria; Na sala, a mulher encontrou um equipamento de DJ, e Lucas disse que iria tocar para ela; “Lucas demorou um bom tempo até beijar a declarante em seu apartamento. Contudo, no momento que se beijaram [por volta das 2h], Lucas prontamente começou a apresentar um comportamento estranho”, narra o termo de declaração da vítima; O homem lhe enforcou com uma das mãos e disse: “Agora é a minha hora, e você não vai sair mais daqui!”. A mulher foi obrigada a se ajoelhar. “Eu vou acabar com você! Você vai apanhar muito!”, prosseguiu Lucas, ameaçando-a de morte; Os estupros começaram pouco depois das 2h. A mulher “a todo momento tentou se desvencilhar de Lucas”, mas estava presa pelos braços; A mulher disse que chegou a gritar por socorro, mas “a todo momento Lucas manteve o som relativamente alto” a fim de que vizinhos não ouvissem o que ocorria dentro do apartamento. Mesa de DJ, algemas e outros brinquedos sexuais na casa de Lucas Reprodução Drogada e sem comer As horas se passaram, e Lucas a forçou a consumir drogas, que a vítima acredita ser ecstasy. “Lucas chegou a enfiar droga com a mão na boca da depoente dizendo que aquilo era para ela não dormir”, diz o depoimento. “Lucas constantemente cuspia no rosto dela e não permitia que se alimentasse”; Já no início da tarde, a fim de não sofrer mais agressões, a mulher percebeu que “precisava fazer o jogo psicológico de Lucas” e parou de resistir; Às 18h30, foi o ato mais violento. Lucas “amarrou um cinto no pescoço dela, como se fosse um animal em uma coleira, e lhe estuprando novamente”; O homem “dizia que era uma pessoa influente e que conhecia um embaixador e ministros” e que “tinha uma empresa que sequestra mulheres para que sejam fornecidas e subjugadas por pessoas influentes”.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/05/03/justica-solta-homem-preso-por-suspeita-de-estuprar-mulher-no-rio.ghtml


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