Profissão catadora: Glória transforma o Rio com o trabalho da reciclagem

  • 03/05/2024
(Foto: Reprodução)
Coleta de materiais nas ruas ajuda a reinserir no mercado matérias-primas preciosas. Conheça a história de quem está na luta pelos direitos da categoria. Glória Cristina dos Santos é presidente da Associação de Catadores do Estado do Rio de Janeiro (ACERJ) Águas do Rio/Divulgação Há quase 40 anos, Glória Cristina dos Santos presta um serviço ambiental para o Rio de Janeiro muitas vezes invisível aos olhos da sociedade. Filha de catadores, ela começou ainda criança a entender que resíduos de papelão, plástico, alumínio, metal e vidro podem virar renda em vez de serem enterrados nos lixões. Atual presidente da Associação de Catadores do Estado do Rio de Janeiro (ACERJ), fundada em 2019, Glória é uma das cerca de 800 mil pessoas que trabalham com a coleta de recicláveis no Brasil e defende em terras fluminenses a organização de toda a cadeia pós-consumo, além de melhores condições de trabalho e renda digna aos profissionais. Conforme o Movimento Nacional dos Catadores e das Catadoras de Materiais Recicláveis, em mais da metade dos casos a profissão é a forma de sustento da família e, por isso, garantir os direitos da categoria é tão precioso para Glória, hoje com 48 anos. Ela cresceu no Jardim Gramacho, bairro da cidade de Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que ficou conhecido mundialmente no documentário Lixo Extraordinário. A realidade dos catadores que trabalhavam no lixão levou a produção a concorrer ao Oscar em 2011 e, um dos personagens da narrativa (Tião Santos), é irmão de Glória. Um trabalho árduo que transforma o Rio Da infância até os dias atuais, é no bairro que ela segue tirando seu sustento e contribuindo ativamente para a redução de danos ambientais no Rio de Janeiro. Hoje, trabalha com 14 catadoras e catadores associados da ACERJ, sendo a maioria mulheres, negras e mães, como ela. "Recolhemos os materiais das ruas e trabalhamos no Polo de Reciclagem de Jardim Gramacho. No Rio, coletamos nos eventos, como blocos de rua”, explica Glória, que está atuando no projeto de reestruturação do Polo. A profissão de catadora transforma o Rio e a realidade ao redor porque atua como uma agente ambiental. A contribuição diária com a limpeza urbana e a preservação do meio ambiente evita impactos socioambientais e auxilia na redução da extração de matérias-primas da natureza. E, mais do que nunca, é importante lembrar que, o que você faz no seu bairro, afeta o Rio inteiro. "A população pode ajudar separando e disponibilizando os materiais recicláveis para destinação adequada", comenta Glória, que também é coordenadora estadual do Movimento Nacional Eu Sou Catador de Materiais Recicláveis (Mesc-RJ). Muito material ainda não é reciclado no RJ Para se ter uma ideia, em 2021, 185 mil toneladas de embalagens foram colocadas no mercado e somente 44 mil toneladas delas retornaram para reciclagem, atingindo um percentual de 24%, conforme relatório da Superintendência de Resíduos Sólidos e Economia Circular (SUPREC-RJ). O plástico lidera como o material mais colocado no mercado e, em 2021, representou 57,32% das embalagens vendidas, seguida do papelão e papel (24,45%), metal (10,12%) e vidro (8,11%). Dentro deste panorama, Glória explica que a ACERJ busca também a identificação e rastreamento da cadeia de reciclagem de embalagens pós-consumo para garantir o retorno delas ao mercado consumidor através de novos produtos, insumos ou matéria-prima. Conhecimento para novas soluções Para destacar e valorizar a importância dos catadores e catadoras, o projeto de educação ambiental da Águas do Rio, Saúde Nota 10, leva até alunos e professores da rede pública de ensino o aprofundamento dos conhecimentos em cidadania, meio ambiente, água e saneamento, temas que são transversais a diversas disciplinas. Atividade in loco do Projeto Saúde Nota 10 da Águas do Rio Águas do Rio/Divulgação A concessionária acredita que a transformação virá através da educação e, com o Projeto Saúde Nota 10, já alcançou 211 mil estudantes e 4 mil professores até março deste ano. Na sede da Águas do Rio, que fica no armazém 2 do Porto Maravilha, foi criada uma sala de imersão para trabalhar a educação ambiental. O espaço é aberto para a realização de visitas guiadas gratuitas com informações sobre as transformações que estão sendo realizadas através do saneamento. No projeto educacional, módulos com atividades práticas adaptadas a cada faixa etária utilizam recursos audiovisuais e experiências in loco incentivam os alunos a pensarem em soluções para sua escola e seu bairro em volta do uso da água, do tratamento do esgoto e da destinação de resíduos, que vai impactar positivamente no trabalho de Glória e dos colegas catadores.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/especial-publicitario/rio-de-agora/noticia/2024/05/03/profissao-catadora-gloria-transforma-o-rio-com-o-trabalho-da-reciclagem.ghtml


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