Acreanos cruzam fronteira e lotam comércio de Cobija em busca de presentes: 'Dar uma pesquisada'
24/12/2025
(Foto: Reprodução) Acreanos cruzam a fronteira e lotam comércio de Cobija em busca de presentes
Atravessar a fronteira virou quase parte do ritual de fim de ano para muitos acreanos. É que em Cobija, cidade boliviana que faz divisa com Brasiléia e Epitaciolândia, no interior do estado, o comércio vive dias de movimento intenso, com lojas cheias, filas e corredores tomados por consumidores em busca do presente ideal.
O aumento no fluxo de pessoas foi registrado principalmente nos últimos dias e envolve compradores de diversas cidades do Vale do Acre, que cruzam para o país vizinho atrás de preços mais em conta e maior variedade de produtos.
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A empresária Jaqueline Lima foi uma das que decidiu fazer a pesquisa de preços do outro lado da fronteira. Ela conta que aproveitou a viagem para garantir os presentes da família.
“Trouxe as crianças para dar uma pesquisada, para ver como é que estão os preços e presentear no Natal os familiares e os filhos”, relatou.
A estudante Sinara Ingrede também cruzou a fronteira no último fim de semana e se surpreendeu com o que encontrou.
“A gente veio buscar umas compras, presentes de fim de ano, e está muito bom os preços. Eu me surpreendi. Há várias lojas em que a gente é super bem atendido e tem qualidade”, afirmou.
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Do lado boliviano, os comerciantes sentem diretamente o impacto da presença brasileira. Segundo o lojista Bruno Valencia, a maioria dos clientes que entram nas lojas são acreanos, o que tem ajudado a manter as vendas aquecidas, mesmo com a desvalorização da moeda local.
“Está muito movimentado. Mesmo com as crises que a Bolívia vem passando, tem bastante movimento. Todo mundo está procurando brinquedos, aparelhos de tecnologia, um monte de coisas”, explicou.
Ele acrescenta ainda que a diferença cambial segue sendo um atrativo e até rende boas histórias no balcão.
“A moeda baixou bastante em relação ao real, então eles vêm aproveitar os preços mais em conta. E eles são bons para pedir desconto, muito desconto eles querem e a gente sempre dá”, completou.
Além disso, para os lojistas de Cobija, a expectativa é que o fluxo de compradores continue alto até o final de 2025.
VÍDEOS: g1