Amazônia: aumento do desmatamento e do calor pode gerar novas epidemias

  • 20/12/2025
(Foto: Reprodução)
Desmatamento e calor podem provocar duas epidemias por década, dizem pesquisadores Pesquisadores alertam que o avanço do desmatamento e do calor pode provocar até duas novas epidemias por década — e há quem vigie esse perigo bem de perto, no Pará. Parece estranho estar na floresta de capacete, mas é que há castanhas. Se cai uma na cabeça, faz um estrago. A reportagem foi ver o que as armadilhas pegaram à noite. Elas foram armadas não por caçadores, mas por cientistas. "É o que a gente chama de mucura", aponta Lívia Casseb, chefe da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do IEC (Instituto Evandro Chagas). Trata-se de um gambazinho da Amazônia. Na rede, passarinhos... E várias espécies de morcegos da fruta. Os mosquitos são capturados perto do chão... Ou lá no alto, no topo das árvores. Um laboratório seguro é montado ali mesmo. O gambazinho precisa ser sedado para o procedimento. O que os cientistas buscam está no sangue dos animais: os vírus que provocam doenças nos bichos ou na gente. Amazônia: aumento do desmatamento e do calor pode gerar novas epidemias Reprodução/Jornal Nacional "Conhecer esses vírus, entender como eles se relacionam com os animais, com os mosquitos e também com os seres humanos nos ajuda a entender futuras epidemias ou futuras pandemias que possam surgir a partir daqui", explica Lívia Casseb. O sangue é guardado em temperatura muito baixa. Os bichos são soltos de volta na floresta. A análise do material é no Instituto Evandro Chagas. É preciso roupa especial para entrar no laboratório de segurança, que é um laboratório nível 3, de uma escala até 4. É onde ficam os vírus mais perigosos já encontrados aqui no Brasil. "Os vírus de segurança 3 e 4 estão guardados nesse espaço também", afirma Lívia Caricio, diretora do Instituto Evandro Chagas. Nas geladeiras, a 80 graus negativos, há mais de 200 vírus que são acompanhados e estudados. Entre eles, o Sabiá, que provoca uma doença parecida com o ebola: a febre hemorrágica brasileira. As amostras trazidas da floresta são analisadas para isolamento e identificação de vírus. Nesse laboratório, foram isolados e identificados 115 vírus que são da Amazônia, que não eram conhecidos da ciência. E desses, 36 a gente já sabe que são capazes de infectar humanos. E é por isso que esse monitoramento é tão importante. Porque esses vírus, a qualquer momento, podem provocar uma nova pandemia. A maioria desses vírus é transmitida por mosquitos. Que, por causa do aquecimento global, estão se reproduzindo mais rápido e carregam um número maior de vírus. "Mais mosquitos infectados com uma carga viral maior, o que vai levar, então, à maior disseminação dessas doenças nas populações humanas e de outros vertebrados que sejam suscetíveis", alerta Lívia Caricio.

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/20/amazonia-aumento-do-desmatamento-e-do-calor-pode-gerar-novas-epidemias.ghtml


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