Atirador identificado, vítima transferida e estacionamento da milícia: veja o que se sabe sobre invasão a hospital no Rio

  • 19/09/2025
(Foto: Reprodução)
Secretário de Saúde fala sobre invasão ao Hospital Pedro II Na madrugada desta quinta-feira (18), oito homens armados com fuzis invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O grupo, segundo a Polícia Civil, é formado por milicianos que buscavam executar um rival internado na unidade após sobreviver a uma tentativa de assassinato. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Criminosos invadem Hospital Pedro II Reprodução/TV Globo A invasão O ataque aconteceu por volta das 2h37. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois carros chegaram à portaria do hospital. Um dos homens desceu encapuzado, com um fuzil e vestindo um colete com a inscrição da DRACO — Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas. Apesar da aparência, ele não era policial. Vestidos de preto, os criminosos circularam pelos corredores até o centro cirúrgico, onde acreditavam que o alvo estava. No momento da invasão, o hospital tinha mais de 300 pacientes internados, oito mulheres em trabalho de parto e diversas cirurgias em andamento. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a cena foi de pânico. “Hospital de alta complexidade onde oito gestantes estavam dando à luz. Pessoas em trabalho de parto. Crianças. Pacientes no centro cirúrgico sendo tratados. Pânico no hospital", relatou Soranz. O alvo dos criminosos O homem procurado pelos milicianos é Lucas Fernandes de Sousa, de 31 anos. Ele foi baleado nove vezes na tarde de quarta-feira (17), em uma emboscada no condomínio Viva Felicidade, também em Santa Cruz. Lucas já foi preso por extorsão em 2019 e responde ao processo em liberdade, de acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi. "Ele era miliciano, a vítima, pertencia à milícia e teria trocado de facção e passou a integrar o Comando Vermelho", disse o secretário. Criminosos invadem Hospital Pedro II Reprodução/TV Globo A cirurgia de Lucas já havia terminado, e ele havia sido transferido para a enfermaria. Sem encontrá-lo, os criminosos deixaram o hospital. Pela manhã, o paciente foi transferido com escolta policial para outra unidade. Reforço policial e investigação A Polícia Militar reforçou o policiamento no entorno do hospital. Segundo o secretário Marcelo de Menezes, a ação foi rápida. "Os funcionários entraram em contato com o nosso policial na sala de polícia. Esse policial acionou o batalhão da área, que enviou equipes para o hospital. Vasculharam e os marginais já tinham se evadido", disse Menezes. LEIA TAMBÉM: Invasão não é caso isolado; relembre outros episódios Secretário diz que milícia controla estacionamento ao lado de hospital Secretários de Castro e Paes trocam farpas após invasão armada a hospital Número de roubo de cargas aumentou de janeiro a agosto de 2025 no RJ, diz ISP A Polícia Civil identificou o miliciano que comandou a invasão. Ele é o mesmo que teria atirado contra Lucas no dia anterior e possui mais de 20 anotações criminais, incluindo porte de arma, extorsão e clonagem de veículos. "Está sendo investigado também por coordenar essa ação criminosa e terrorista contra essa vítima no hospital", disse Curi. Histórico de invasões a hospitais no Rio A invasão ao Pedro II não é um caso isolado. Pelo menos cinco outras unidades de saúde já foram alvo de ações semelhantes. Relembre: 1994 – Hospital Getúlio Vargas, Penha: 15 homens armados invadiram para resgatar um traficante; 2008 – Hospital Carlos Chagas, Marechal Hermes: 30 criminosos com coletes semelhantes aos da polícia resgataram um suspeito; 2014 – Hospital Azevedo Lima, Niterói: 15 homens armados resgataram um chefe do tráfico; 2016 – Hospital Souza Aguiar, Centro: quase 40 tiros foram disparados durante o resgate de um criminoso conhecido como Fat Family. Estacionamento sob controle de milicianos Funcionários do Hospital Pedro II denunciaram que o estacionamento do hospital está sob domínio de milicianos, que cobram taxas de quem deseja parar no local. A Secretaria de Ordem Pública e o batalhão de Polícia Militar da área foram acionados para investigar a denúncia. Segundo Daniel Soranz, só em 2025, 516 unidades de saúde do município precisaram interromper o funcionamento por questões de segurança pública, como tiroteios e operações policiais. Estacionamento fica ao lado do Hospital Pedro II Arte/g1

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/09/19/atirador-identificado-vitima-transferida-e-estacionamento-da-milicia-veja-o-que-se-sabe-sobre-invasao-a-hospital-no-rio.ghtml


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