Começa julgamento de acusados de matar três conselheiros tutelares e idosa por causa de guarda de criança

  • 10/12/2025
(Foto: Reprodução)
Promotora Themis da Costa fala sobre julgamento do caso da chacina de Poção Começou nesta quarta-feira (10) o julgamento de três homens suspeitos de matar três conselheiros tutelares e uma idosa em uma emboscada em Poção, cidade do Agreste de Pernambuco. A chacina aconteceu em 2015 e, pelo crime, foram acusadas sete pessoas. Uma das acusadas é a avó paterna de uma criança que sobreviveu ao atentado e a idosa que morreu era avó materna da menina (entenda mais abaixo). O júri popular acontece no Fórum Desembargador Thomaz de Aquino Cyrillo Wanderley, que fica no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife (veja no vídeo acima). ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Embora tenha acontecido em Poção, o julgamento acontece na Comarca do Recife devido ao processo de desaforamento, quando ocorre a busca da imparcialidade dos jurados. Dos sete acusados, um já foi condenado e outros seis seriam julgados, mas três faltaram. Mesmo com a ausência da metade dos réus, a juíza decidiu por manter o julgamento fracionado. Os três réus julgados nesta quarta são: Égon Augusto Nunes de Oliveira; Orivaldo Godê de Oliveira (pai de Égon); Ednaldo Afonso da Silva. Também são acusados: Bernadete de Lourdes Britto Siqueira Rocha (apontada como mandante do crime); José Vicente Pereira Cardoso da Silva; Leandro José da Silva; Wellington Silvestre dos Santos. Em 2024, Wellington Silvestre dos Santos foi condenado a 74 anos de prisão pelos quatro homicídios qualificados. A mulher apontada como mandante do crime, Bernadete de Lourdes Britto Siqueira Rocha, também seria julgada nesta quarta, mas a advogada dela não compareceu à sessão. A acusada é avó da criança que sobreviveu ao atentado. Ela terá cinco dias para constituir nova defesa. José Vicente Pereira Cardoso da Silva, apontado como articulador do crime, também seria julgado, mas alegou problemas de saúde. O outro réu, Leandro José da Silva, foi ao fórum sem advogado e também teve o julgamento remarcado. Ambos serão julgados no dia 3 de fevereiro de 2026. Parentes das vítimas compareceram ao fórum para acompanhar o julgamento. Um deles, identificado apenas como Antônio, é pai de José Daniel Farias Monteiro, um dos conselheiros tutelares mortos. Ele disse que espera a condenação dos acusados. "É duro, mas a gente tem que enfrentar. E que a Justiça faça o trabalho dela, que eles sejam condenados. Por mim, ficavam o resto da vida deles no presídio. (...) Daniel era um menino muito querido, só sei que a falta é grande. Que esses bandidos paguem", disse. O filho de outra vítima da chacina, Lindenberg Filho, também acompanha o julgamento nesta quarta-feira. Ele aguarda o desfecho após 10 anos aguardando Justiça. "Quase 11 anos que minha família espera por justiça. (...) A expectativa é que a justiça seja feita. Não tem sequer um dia que a gente acordou pensando e querendo justiça", disse (veja no vídeo abaixo). Filho de uma das vítimas da chacina de Poção, no Agreste de PE, espera há 10 anos por Justiça Relembre o caso Três integrantes de um Conselho Tutelar e uma mulher de 62 anos foram mortos a tiros na noite de 6 de fevereiro de 2015, no Sítio Cafundó, em Poção, a 240 quilômetros do Recife. Eles estavam num carro quando foram surpreendidos. Uma menina de 3 anos também estava no veículo e ficou ferida. As vítimas vinham da casa da avó paterna da criança, Bernadete de Lourdes, que ficava em Arcoverde, também no Sertão. Segundo parentes, as famílias dividiam a guarda da criança na época. O pai e a avó paterna cuidavam dela durante a semana e, nos fins de semana, a menina ficava com os avós maternos. A idosa que morreu na chacina era Ana Rita Venâncio, avó materna da criança. Os conselheiros mortos foram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54 anos. LEIA TAMBÉM: Policial penal é condenado a 18 anos de prisão por matar professor de ginástica A polícia concluiu as investigações em abril de 2015 e indiciou sete pessoas. Bernadete de Lourdes Brito Siqueira Rocha, avó paterna da única sobrevivente da chacina, foi apontada como a mandante do crime, motivado pelo interesse na guarda da criança. Bernadete teria recebido ajuda de um advogado que foi diretor da penitenciária de Arcoverde para contratar os executores. Também foi indiciado um homem que teria feito a ponte com os acusados de atirar nas vítimas. A polícia concluiu também quem foram os autores do crime, sendo que um deles já estava preso em Caruaru, no Agreste, e o outro era Wellington Silvestre dos Santos, que foi localizado mais de um ano depois do crime, no Maranhão. Ainda segundo as investigações, outros dois homens deram suporte e facilitaram a fuga dos assassinos. O pai da criança, José Cláudio de Britto Siqueira Filho, chegou a ser preso, não foi indiciado. A investigação aponta que ele foi envolvido no crime pela própria mãe, mas que não sabia de nada. Chacina ocorreu quando idosa e três conselheiros voltavam com uma menina da casa da avó paterna Reprodução/TV Asa Branca VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/12/10/julgamento-da-chacina-de-pocao.ghtml


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