Empresa suspeita de golpes em clientes usava aplicativo e contava com nove níveis de investimentos; entenda esquema
11/12/2025
(Foto: Reprodução) Empresa suspeita de golpes usava aplicativo e contava com nove níveis de investimentos
A empresa suspeita de dar golpes em investidores, em Catalão, no sudoeste de Goiás, usava um aplicativo e oferecia nove níveis de investimento, segundo apurado pela TV Anhanguera (veja o vídeo acima). De acordo com as informações, o valor máximo de investimento era de R$ 700 mil (entenda o esquema abaixo).
A Polícia Civil informou ao g1 que ainda há vítimas registrando boletins sobre o caso e, por isso, por enquanto não vai divulgar informações sobre a investigação. O g1 não conseguiu contato com a empresa RWest.
Em entrevista ao repórter Matheus Albernaz, investidores contaram como funcionava o esquema e, uma delas, disse que vendeu um apartamento e investiu R$ 36 mil no negócio.
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Entenda como funcionava o esquema:
Investimento era feito em aplicativo;
Participante precisava depositar R$ 280, no mínimo;
Com esse valor, o rendimento era de R$ 8 por semana;
Para isso, também precisava assistir quatro vídeos de propaganda por dia.
Empresa prometia lucro de até R$ 1 mil por dia
Reprodução/TV Anhanguera
Segundo a apuração, essas eram as condições para o investimento de nível iniciante, chamado de R1. Os participantes poderiam subir de nível conforme investiam mais dinheiro, podendo chegar até o nível máximo, R9, que exigia o investimento de R$ 700 mil.
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Denúncias
Em reportagem exibida nesta terça-feira (10), os investidores contam que não estavam conseguindo resgatar seus lucros e nem mesmo recuperar o valor investido. Em busca de respostas, os clientes foram até um dos escritórios da empresa na cidade.
"Eu coloquei parente meu, garanti para ele também o dinheiro. Agora tenho que pagar para ele e eu tinha investimento também lá", disse o entregador Maxuel Matheus Dias.
Pessoas que alegam ter sido vítimas do esquema foram ao escritório da empresa, em Catalão
Reprodução/ TV Anhanguera
De acordo com os moradores, a empresa tinha dezenas de grupos de mensagens em Catalão, onde os administradores se comunicavam com os usuários da plataforma. Na última segunda-feira (8), uma mensagem enviada nesses grupos preocupou os investidores.
Nela, era dito que todos teriam que fazer uma autenticação depositando um valor conforme o nível de investimento de cada cliente. Segundo o que foi apurado na reportagem, os administradores do grupo também restringiram o envio de mensagens.
De acordo com apurado pelo repórter Matheus Albernaz, as responsáveis pelos escritórios também procuraram a a polícia. "As pessoas não entendem que a gente e tão vítima como eles. Eu acho que eles pensam: 'Já que não dá para pegar a mulher da plataforma, vamos descontar nas mulheres daqui mesmo', disse Carla Fontana.
Segundo o delegado David Felício, responsável pelo caso, elas foram convidadas a participar do investimento e também tiveram perda de valor financeiro.
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