Empresário do ramo eletrônico é considerado foragido por fraude e sonegação em SC
02/10/2025
(Foto: Reprodução) Empresário do ramo de eletrônicos é considerado foragido em investigação sobre fraude e sonegação em SC
Christian Rizzi/Divulgação/NSC
O empresário Jorbel Griebeler, dono da Cellshop, é considerado foragido da Justiça de Santa Catarina. Alvo da Operação Mercado de Pandora, que apura fraude fiscal e sonegação tributária no comércio eletrônico, ele tem um mandado de prisão preventiva desde 11 de setembro.
A informação foi divulgada pelo colunista da NSC, Ânderson Silva. Nesta quinta-feira (2), o nome dele constava como pendente de cumprimento no Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).
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Dono de uma loja de produtos eletrônicos da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, o empresário é bastante conhecido por figurar algumas das principais peças de divulgação do empreendimento. Em nota, a empresa afirmou que "todas as acusações são infundadas e serão integralmente rebatidas pela Justiça" (íntegra no fim do texto).
Operação Mercado de Pandora cumpre mandados em Santa Catarina
Investigação
Deflagrada em 16 de setembro, a operação foi coordenada pelo Grupo Especial de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na data, a força-tarefa buscou cumprir 15 mandados de prisão e 44 mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e valores de 38 pessoas físicas e 31 pessoas jurídicas.
Conforme a investigação, os suspeitos são investigados por crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e associação criminosa. A estimativa do fisco estadual o valor sonegado é de aproximadamente R$ 45 milhões.
A operação foi feita após investigações conduzidas pela 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó - Promotoria Regional da Ordem Tributária. O valor solicitado para bloqueio atinge R$ 227.693.596,10.
Os mandados foram cumpridos pela Vara Estadual de Organizações Criminosas em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Alagoas.
Como funcionava o esquema
Segundo as apurações conduzidas, os investigados usavam empresas "laranjas" registradas em nome de interpostas pessoas (as chamadas "empresas noteiras"), para emitir notas fiscais eletrônicas fictícias e viabilizar a venda de produtos sem o recolhimento de tributos.
Após atingir determinado volume de vendas, as empresas eram rapidamente inativadas ou abandonadas e novas empresas eram constituídas.
O que disse a empresa
Nos últimos dias, meu nome foi citado em investigações que ganharam grande repercussão. Quero ser claro: todas as acusações são infundadas e serão integralmente rebatidas pela Justiça.
Tenho ao meu lado uma equipe jurídica de alto nível, que já está atuando de forma incisiva para esclarecer os fatos e restabelecer a verdade.
Nada abalará meu compromisso com a transparência e com todos que confiam em mim. Esse momento, embora difícil, será superado. E, quando a verdade prevalecer, sairemos ainda mais fortes e resilientes.
Agradeço profundamente o apoio que tenho recebido.
Seguimos firmes, juntos.
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