Honda City Hatch tem espaço, faz bem o básico, mas poderia ser turbo; veja teste

  • 12/07/2025
(Foto: Reprodução)
Hatch é competente, traz bons itens de série, mas é o único de seus concorrentes ainda com motor aspirado. Em 2025, o City vendeu menos que um compacto 100% elétrico. Honda City Hatch 2026 Fabio Tito/g1 O Honda City Hatchback ilustra bem a expressão “não se mexe em time que está ganhando”. Desde que chegou ao Brasil, em 2022, o compacto passou por poucas mudanças e se mostrou um substituto à altura do sucesso do Honda Fit. Além da confiabilidade da marca japonesa, o City é um hatch com bom espaço, itens modernos e confortável. Uma escolha óbvia se não fosse o preço: em quatro versões, os valores vão de R$ 117.500 a R$ 148.200. Talvez por isso, talvez por ser o único remanescente dos hatches premium (enquanto as montadoras investem em SUVs subcompactos), o City Hatch ainda está distante dos campeões de venda. Alcançou 16.115 emplacamentos em 2022, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2023, houve uma queda para 10.802 unidades, mas o modelo recuperou terreno em 2024, com 15.473 veículos comercializados. São números que o Volkswagen Polo e Hyundai HB20 fazem em um mês ou dois. Mas a versão topo de linha de ambos competem com o início da gama do City. Pelo valor, ele acaba competindo com SUVs de entrada, como Fiat Pulse, Volkswagen Nivus e Jeep Renegade. Todos também vendem mais que o City. Até o recente Volkswagen Tera, que tem menos de dois meses de vida, já vendeu quase o dobro do número marcado pelo hatch da Honda em junho: Honda City: 7.401 unidades emplacadas no primeiro semestre de 2025 Volkswagen Nivus: 22.598 unidades (15.197 mais que o City Hatch no semestre); Jeep Renegade: 20.668 unidades (13.267 mais que o City Hatch no semestre); Fiat Pulse: 20.264 unidades (12.863 mais que o City Hatch no semestre); Volkswagen Tera: 2.750 unidades (1.544 mais que o City Hatch em junho). O g1 testou o Honda City em sua versão topo de linha, chamada Touring. Foram sete dias com misto de experiência na cidade de São Paulo (SP) e uma escapada de estrada para o interior do estado, em viagem de 400 km rodados. Será possível que no país dos SUVs ainda haja espaço para um hatch premium? Honda City anda bem, mas motor turbo faz falta Hona City Hatch 2026 Fabio Tito/g1 Se você já dirigiu qualquer versão do Honda City Hatch lançada no Brasil, dificilmente notará grandes diferenças no modelo mais recente. Isso poderia ser visto como falta de inovação. Ou então que a marca japonesa preservou o que realmente importa: o hatch continua bem acertado, com bom desempenho urbano e comportamento competente na estrada. O motor 1.5 aspirado, o mesmo desde 2022, entrega 126 cv e 15,8 kgfm de torque com gasolina, acoplado ao câmbio automático CVT. Embora os números não combinem com o visual mais esportivo — marcado por linhas retas e um aerofólio traseiro destacado —, o desempenho nas ruas não decepciona. O hatch se mostra ágil, especialmente no trânsito, e a direção responde com precisão, transmitindo segurança na medida certa. Mesmo em vias esburacadas, a carroceria vibrou pouco e isso é mérito do bom conjunto de suspensão. Motor do Honda City Hatch 2026 Fabio Tito/g1 O torque máximo é entregue a 4.500 rpm, algo perceptível pelos ouvidos. Mesmo com o som em volume moderado, o ronco do motor se sobressaía às batidas de bumbo, ao chimbal e às palhetadas da guitarra. No uso urbano, o torque máximo foi raramente exigido para mover o City Hatch, mesmo nas ladeiras de São Paulo (SP). Em cidades com relevo mais acentuado, como Belo Horizonte (MG), o cenário pode ser diferente. Ainda que o carro estivesse mais carregado, com três adultos a bordo, não houve dificuldade nas ultrapassagens. Era necessário apenas lembrar que o torque demora um pouco para aparecer, exigindo paciência até o giro do motor subir. É nessas situações que se sente falta de um motor turbo, que entrega torque máximo em rotações mais baixas, responde com mais agilidade ao acelerador e ainda opera de forma mais silenciosa. O Hyundai HB20, por exemplo, vem equipado com motor 1.0 turbo que entrega 17,5 kgfm de torque a apenas 1.500 rpm. São 3.000 giros a menos que o City Hatch, com 2 kgfm a mais de força. Visual ainda é moderno Honda City Hatch 2026 por fora Por fora, o Honda City Hatch Touring não mostra sinais de idade. Mesmo com um projeto de 2022, ele continua atual em 2025, especialmente nos faróis e lanternas, que são finos e seguem o estilo dos carros modernos. O City Hatch adota faróis estreitos que se estendem em direção às laterais. Essa iluminação mais delgada ajuda a equilibrar o design com linhas que remetem ao estilo da época do lançamento, principalmente na vista lateral. Por dentro, o projeto de 2022 já revela sinais mais evidentes de envelhecimento, especialmente na central multimídia, que tem formato quadrado e fica projetada para fora do painel. A sensação é que a Honda não dispunha de uma central multimídia sob medida e optou por uma que não se encaixa perfeitamente. No City, a tela fica cerca de um dedo à frente do painel, destoando do restante do acabamento. Fica estranho. Honda City Hatch 2026 tem central multimídia "saltada" Fabio Tito/g1 A questão é apenas estética, pois o painel de instrumentos, parcialmente digital, tem resolução suficiente para dar a impressão de que o ponteiro virtual é físico. Todas as informações são facilmente legíveis, e o ponteiro digital destaca a área correspondente, ampliando o número do conta-giros exatamente onde indica a rotação atual do motor. Ficaram faltando mais opções de personalização. Embora o ponteiro digital imite o formato do analógico, criando uma continuidade visual, nem todos preferem essa uniformidade. Por ser uma tela controlada por software, seria interessante permitir ajustes, como o que a Volkswagen faz bem em modelos desde o Polo. Honda City Hatch 2026 por dentro No geral, o City Hatch cumpre bem o papel de compacto urbano. Há excesso de plástico rígido, inclusive nas portas, mas o modelo compensa com itens como freio de mão eletrônico e piloto automático adaptativo, que mantém o carro centralizado na faixa sem ser excessivamente intrusivo com alertas sonoros. O modelo oferece saídas de ar-condicionado para os passageiros traseiros, carregador de celular por indução e, apesar do porta-malas ser pequeno (268 litros), os bancos traseiros podem ser rebatidos, formando um assoalho plano. Isso facilita o transporte de cargas maiores, em detrimento do espaço para até três ocupantes. A vantagem de um porta-malas compacto é que, geralmente, sobra mais espaço para os passageiros do banco traseiro. No Honda City, por exemplo, uma pessoa com 1,80 metro pode ajustar o banco do motorista para si e ainda deixar espaço suficiente para outra, da mesma altura, sentar confortavelmente atrás. Com quem o Honda City Hatch concorre? Como o Honda City Hatch é um carro compacto, ele concorre com outros do mesmo segmento, como Hyundai HB20, Volkswagen Polo, Peugeot 208, Chevrolet Onix e Toyota Yaris Hatch. Em média, o modelo da Honda oferece mais itens de série e tem preço mais elevado. No entanto, é o único entre os concorrentes que não conta com opção de motor turbo. Como a versão testada não mostra praticamente qualquer evolução ao que já era oferecido pelo Honda City, não deve ser desta vez que o carro vai subir posições na lista dos hatches pequenos mais vendidos do Brasil. Nesta lista chama atenção a presença elevada do BYD Dolphin Mini. O veículo não concorre diretamente com o Honda City, seja por ser menor, ter quase a metade da potência (75 cv contra 126 cv) e ser carro 100% elétrico, tipo de veículo comercializado para um nicho específico. Mesmo assim, ele vendeu 78,5% mais nos seis primeiros meses deste ano. Honda HR-V, Volvo XC60, Pulse Abarth e mais: veja os SUVs lançados no Festival Interlagos

FONTE: https://g1.globo.com/carros/noticia/2025/07/12/honda-city-hatch-tem-espaco-faz-bem-o-basico-mas-poderia-ser-turbo-veja-teste.ghtml


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