Maranhão integra projetos que buscam recuperar 3,3 mil hectares de terras indígenas na Amazônia
22/11/2025
(Foto: Reprodução) COP30: países enfrentam impasses na agenda do clima
Jornal Nacional/ Reprodução
O Maranhão está entre os estados contemplados pelos 19 projetos do programa Restaura Amazônia para Terras Indígenas, anunciados nesta sexta-feira (21), em Belém, durante o encerramento das atividades do Pavilhão dos Círculos dos Povos na COP30. Os projetos foram selecionados para recuperar áreas degradadas porque se destacaram entre 44 propostas inscritas no edital.
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Ao todo, as iniciativas prometem restaurar mais de 3,3 mil hectares em 26 territórios indígenas, com o plantio de 5,7 milhões de árvores e a geração de 1.420 empregos. O investimento total é de R$ 123,6 milhões, financiados pelo Fundo Amazônia e geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A gente vem hoje a público dizer que 26 terras indígenas serão contempladas nos estados de Rondônia, Amazonas, Acre, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão. Ou seja, a gente vai ter 26 territórios indígenas, muitos deles recém-desintrusados, num esforço profundo de trabalho”, declarou o superintendente de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadril.
Restaura Amazônia: iniciativa anuncia novos territórios contemplados
A presença do Maranhão entre os selecionados reforça a participação do estado nas ações de restauração ambiental apresentadas na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou que o anúncio consolida as ações climáticas do governo federal na Conferência do Clima, atendendo a demandas de demarcação, proteção, gestão e recuperação de terras indígenas.
“Deixamos claro que não há como pensar soluções para a crise climática, se não incluir todos e todas que protegem os territórios, que cuidam da biodiversidade, que cuidam da mãe Terra. Não tem como encontrar soluções efetivas se não incluir essas diferentes vozes”, afirmou a ministra.
O Restaura Amazônia integra uma estratégia mais ampla do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), que prevê recuperar 12 milhões de hectares no país. Desse total, 6 milhões já foram restaurados por meio de iniciativas de plantio e regeneração natural, segundo o MMA.
A secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA lembrou que “a retomada do Fundo Amazônia chega em mais de 600 organizações da sociedade civil, em três de cada quatro municípios da Amazônia, em projetos de restauração ecológica para reconstruir o antigo Arco do Desmatamento, onde o reflorestamento construirá um verdadeiro cinturão verde no território de sete estados amazônicos” — entre eles, o Maranhão.