Marcha Global por Justiça Climática: protesto reuniu movimentos sociais de diversos países em Belém
Marcha Global por Justiça Climática reuniu movimentos sociais de diversos países em Belém
Um protesto reuniu neste sábado (15) movimentos sociais de diversos países em Belém. A Marcha dos Povos pediu participação popular nos debates da COP 30.
O chapéu de sol asiático veio do outro lado do planeta, mas parece ter sido feito sob medida para o calor amazônico.
O chapéu de sol asiático veio do outro lado do planeta, mas parece ter sido feito sob medida para o calor amazônico.
Jornal Nacional
A luta pelo clima une povos distantes. Hoje, o mundo se encontrou na Marcha Global por Justiça Climática.
A ativista das Filipinas disse que a solidariedade que se vê nas ruas não se reflete dentro da COP, já que as necessidades do sul global são ignoradas pelos países ricos.
O objetivo da marcha é alertar sobre o impacto das mudanças climáticas nas populações mais vulneráveis. Segundo os organizadores, movimentos de 62 países estão presentes das ruas de Belém.
Ayala Ferreira, da coordenação política da Cúpula dos Povos, disse: "Trazer as nossas mensagens de que os povos do campo, das águas, das florestas e também das cidades têm soluções para essa realidade tão complexa que é o das crises climáticas como nós estamos vivendo."
O povo marcha e a cobra, cobra. Leila Borari, coordenadora de cultura da Amazônia de Pé, afirmou: "A gente tá aqui cobrando que toda a população mundial precisa olhar para essa causa. O equilíbrio do planeta, a luta é coletiva."
A caminhada durou três horas e percorreu quatro quilômetros por algumas das principais avenidas de Belém.
Daniela Orofino, diretora da Amazônia de Pé, comentou: "Faz muito tempo que as COPs são realizadas em países não democráticos. Então o Brasil tá dando uma aula, mostrando que a população brasileira quer proteção da floresta amazônica, quer se mobilizar contra as mudanças climáticas e cobrando os outros países de apoiarem o Brasil nessa missão."
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, discursou no carro de som principal sobre a transição energética:
"A ideia de fazer o mapa do caminho para sair da dependência de combustível fóssil e o mapa do caminho para o fim do desmatamento."
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, falou sobre as demandas que unem todas as etnias: "Nós estamos trazendo aqui, né, a demarcação das terras indígenas para ser reconhecida como uma política climática, estamos aqui também com essa mensagem pelo financiamento climático direto para povos indígenas."
O trajeto dos manifestantes não passou perto da Zona Azul, o centro de decisões da COP, mas as TVs do circuito interno da Conferência mostraram imagens da marcha, e vários participantes pararam para ver.
A ideia foi conectar a voz das ruas com os corredores das negociações. Cada setor da marcha defendeu uma causa específica: transição energética, água, florestas e povos tradicionais. Unidos na diversidade, todos concordam que o pequeno pontinho azul flutuando pelo universo precisa de carinho.FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/11/15/ativistas-ocupam-ruas-para-cobrar-protecao-da-amazonia-transicao-energetica-e-financiamento-climatico-para-povos-indigenas.ghtml