Mulheres deixam de adotar sobrenome dos maridos no casamento no Paraná, indica levantamento

  • 28/11/2025
(Foto: Reprodução)
Mulheres deixam de adotar sobrenome dos maridos no casamento no Paraná As mulheres estão deixando de adotar o sobrenome dos maridos no casamento no Paraná, segundo dados levantados pelos Cartórios de Registro Civil. Em 2024, 54% das mulheres optaram por adotar o sobrenome do marido — o menor índice registrado desde 2003. Naquele ano, o Código Civil passou a permitir que qualquer integrante do casal acrescentasse o sobrenome do outro, tornando a escolha mais flexível. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Em números absolutos, em 2024 foram realizados 60.341 casamentos no Paraná, sendo que em apenas 32.893 a mulher adotou o sobrenome do marido. Em 2003, este número totalizava 38.899 adoções de sobrenome dos maridos pelas mulheres dentre um total de 50.065 casamentos – representando 77,7% dos matrimônios. "Desde o Código Civil de 2003, o sobrenome deixou de ser uma imposição e passou a ser uma possibilidade. E o que vemos agora é a sociedade incorporando essa liberdade de forma real" explica o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Paraná (Arpen/PR), Cesar Augusto Machado de Mello. Giuliana Baldo Cortes e Yeshu'a Emanuel de Oliveira Braz, de Curitiba, casaram em setembro de 2025. Ela conta que chegou a considerar adotar o sobrenome do companheiro, mas a burocracia a desmotivou. "Eu precisaria refazer o passaporte, mudar nome do CPF e até na identidade nova, que tinha acabado de fazer. Ia ter custos com a emissão do passaporte que eu não queria ter. Como na prática não importa o estado civil nos documentos, na maior parte deles nem tem mais essa informação, não achei necessário", afirma. Outro fator que fez Giuliana mudar de ideia foi a vontade de mudar a ordem dos sobrenomes. "Se eu fosse pegar o nome do meu marido, eu queria inverter a ordem de todos os nomes, meus e dele, para ficar numa sonoridade melhor. Quando percebi que essa coisa boba me incomodava, vi que, na verdade, eu gostava mais de continuar sendo eu mesma, com meu nome, com minha história. A sensação de não ser mais quem eu sempre fui, de apagar algum nome da minha família me incomodou e preferi continuar assim", detalha. Assim como Giuliana e Yeshu'a, os casais têm optado cada vez mais pela não alteração dos nomes de solteiro. Em 2024, isso ocorreu em 39,79% dos casamentos. Em 2003, acontecia em 30,14% das celebrações. Segundo Julliana, a conversa com o companheiro foi tranquila. Os dois, que estão juntos há mais de 10 anos, sempre brincaram sobre como ficariam os nomes quando casassem, mas juntos optaram por manter o nome de solteiro. "Quando eu perguntei se por ele estava tudo bem continuarmos com nossos próprios nomes, ele disse que sim. Nunca foi um sonho, desejo ou fantasia ter o nome dele no nome da esposa", explica. Ele, inclusive, considerou adotar o sobrenome dela. Porém, também desanimou com a necessidade da troca dos documentos. "Uma vez eu perguntei para ele se ele já tinha brincado quando criança ou adolescente em como o nome dele ficaria diferente depois de casado e ele disse que foi algo que ele nunca pensou. Já para mim, eu lembro de ter brincado com isso com as minhas amigas, então parecia normal pensar sobre isso. Quando a gente conversou sobre, deu para ver que para ele não fazia diferença mesmo e para mim não importou muito também. Eu estava mais feliz de casar, do que em como meu nome ficaria", afirma Julliana. LEIA TAMBÉM: 'Encontros relâmpago': Solteiros trocam impessoalidade de aplicativos por 'speed date' em bar de Curitiba Como mudar meu nome?: Dois anos após lei flexibilizar processo, cartórios registraram 1,7 mil trocas no Paraná Teolide, Pracidio, Jaceline, Douguas: IBGE divulga nomes 'diferentões' com no máximo 15 repetições no Paraná Poucos homens adotam sobrenome da parceira no Paraná Menos mulheres adotam sobrenome do marido no Paraná Com a mudança no Código Civil, os homens também puderam passar a adotar o sobrenome da parceira ao casar. Porém, a modalidade ainda é pouco adotada entre os homens no Paraná. Em 2003, ano da mudança, de um total de 50.065 casamentos, em apenas 70 casos o homem adotou o sobrenome da mulher – representando 0,14% do total. O maior número registrado nesse sentido aconteceu só 20 anos depois, em 2023, quando 0,66% dos homens optaram por mudar o sobrenome. Houve um aumento da inclusão de sobrenome por ambos os cônjuges no casamento. Em 2003, isso acontecia em 0,2% dos matrimônios. Em 2024, o número passou para 5,08%. Mulheres deixam de adotar sobrenome dos maridos no casamento no Paraná, indica levantamento Prefeitura de Jundiaí Leia mais notícias no g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/11/28/sobrenome-casamento-parana-levantamento.ghtml


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