Pai de adolescente que desapareceu ao mergulhar no Leme diz não ter esperanças de resgatá-lo vivo
13/09/2025
(Foto: Reprodução) Buscas por adolescente que desapareceu no Leme chegam ao 3º dia
A família de Paulo Ricardo da Silva, de 15 anos, adolescente que desapareceu na noite de quarta (10) após mergulhar na Praia do Leme, afirmou não ter mais esperanças de que ele esteja vivo.
“Já aceitei que, pelo tempo que tem, tenho ciência de que não vou encontrar ele com vida. Mas eu só quero dar meu último adeus para ele”, contou o pai, Ricardo Costa da Silva.
📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça
Ricardo Costa da Silva., pai de Paulo Ricardo da Silva, de 15 anos, adolescente que desapareceu na noite de quarta (10) após mergulhar na Praia do Leme
Reprodução/TV Globo
Ele contou ao RJ1 ter visto mais um corpo no mar de Piratininga, em Niterói — onde o corpo da namorada do rapaz foi encontrado na quinta-feira (11). Este sábado (13) é o 3º dia de buscas pelo Corpo de Bombeiros. Até a última atualização desta reportagem, nada tinha sido localizado.
“Viram o corpinho dele boiando na sexta (12), e, quando foram avisar aos bombeiros, a maré mudou e o afastou daqui”, lembrou.
Ricardo, Paulo Ricardo, a namorada, Miqueli, e a irmã dele jogavam altinha na areia, perto do costão da Pedra do Leme, quando a bola parou na água. O pai foi buscá-la e acabou derrubado por uma onda. Todos foram ajudar, e Ricardo e a filha conseguiram se salvar, mas Paulo e Miqueli desapareceram na correnteza.
Nesta sexta, foi confirmado pelo Instituto Médico-Legal (IML) que o corpo retirado do mar na quinta é de Miqueli.
Os namorados Miqueli Pereira e Paulo Ricardo
Arquivo pessoal
Cinco pessoas se envolveram no incidente. Três — dois homens e uma mulher — foram resgatadas com vida por guarda-vidas e levadas ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Todos já receberam alta.
O pai de Paulo, Ricardo Costa da Silva, relatou que o grupo chegou à praia por volta das 22h.
"A primeira onda a gente conseguiu escapar, mas a segunda quebrou perto da gente e formou um redemoinho. Teve uma hora que eu não aguentava mais, apaguei. Só fui dar conta de mim quando já estava no hospital", contou Ricardo.