Polícia Civil prende 12 pais e duas mães por dívida de pensão que soma mais de R$100 mil em RR
27/11/2025
(Foto: Reprodução) Operação Elo Perdido da Polícia Civil mirou pessoas com débitos acumulados de pensão alimentícia em Roraima
Divulgação/PCRR
A Polícia Civil (PC) prendeu 14 pais e duas mães por não pagamento de pensão alimentícia em quatro municípios de Roraima. A ação aconteceu entre esta quarta (26) e quinta-feira (27) no municípios de Boa Vista, Alto Alegre, Cantá e São Luiz.
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Entre os casos está o de uma mãe com uma dívida de R$ 46 mil. Ela havia entregado a guarda do filho voluntariamente ao pai, mas não pagou a pensão estipulada. Outro alvo foi um pai que acumulava um débito de R$ 42 mil. Segundo a polícia, as dívidas somadas ultrapassam R$ 100 mil.
Durante a operação, 12 presos pagaram a dívida e foram liberados. Apenas dois não quitaram o débito e foram encaminhados para audiência de custódia.
"Cada prisão representa um passo na defesa de um direito fundamental: o direito à vida e à alimentação", afirmou a diretora do Departamento de Operações Especiais (Dopes), delegada Cândida Magalhães, responsável pela operação "Elo Perdido".
Segundo a delegada, a falta de pagamento gera consequências graves, como fome e evasão escolar. A ação também serve de alerta para outros devedores.
"O objetivo é garantir que o recurso chegue ao destino correto, assegurando que as mesas voltem a ser fartas, os livros sejam comprados e os cuidados médicos sejam realizados", completou Cândida.
A prisão por pensão alimentícia é decretada pela Justiça quando se esgotam as tentativas de acordo. O devedor só é solto se quitar o valor pendente.
A operação foi coordenada pelo Dopes e pela Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter). O objetivo foi garantir direitos básicos de crianças e adolescentes, como alimentação, saúde e educação.
O nome "Elo Perdido" faz referência ao rompimento do vínculo financeiro e afetivo quando o responsável deixa de pagar a pensão, considerada fundamental para o desenvolvimento da criança.
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