Rede D’Or adere a programa do Ministério da Saúde e amplia cirurgias cardíacas no SUS
22/12/2025
(Foto: Reprodução) Rede D’Or adere a programa do Ministério da Saúde e amplia cirurgias cardíacas no SUS
Divulgação
O Ministério da Saúde anunciou um acordo com a Rede D’Or para ampliar a oferta de cirurgias cardiológicas pelo SUS no estado do Rio de Janeiro.
Com a adesão de duas unidades da rede privada, o Hospital Glória D’Or, na capital, e o Niterói D’Or, na Região Metropolitana, a previsão é de que cerca de 100 cirurgias cardíacas por ano passem a ser realizadas gratuitamente para pacientes da rede pública.
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O contrato foi assinado nesta segunda-feira (22), no Rio de Janeiro, e integra o programa federal Agora Tem Especialistas, que permite que hospitais privados e filantrópicos convertam dívidas com a União em atendimentos para o SUS.
Somente essas duas unidades da Rede D’Or no estado vão gerar um investimento estimado em R$ 3,6 milhões por ano em procedimentos cardiológicos.
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Cirurgias a partir de janeiro
Segundo o Ministério da Saúde, as primeiras cirurgias devem ocorrer a partir de janeiro, com pacientes encaminhados pelas secretarias municipais de Saúde do Rio e de Niterói, de acordo com os critérios das centrais de regulação.
Com a entrada da Rede D’Or, o programa passa a contar, ao fim de 2025, com 28 hospitais privados e filantrópicos, garantindo um reforço anual de R$ 150 milhões em consultas, exames e cirurgias para o SUS em todo o país.
A expectativa da pasta é que esse valor chegue a R$ 200 milhões no início de 2026.
No Rio de Janeiro, o impacto é concentrado na área de cardiologia, considerada prioritária pelo ministério.
Como contrapartida pelos atendimentos prestados, a Rede D’Or receberá créditos financeiros que poderão ser usados para quitar tributos federais.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).
Rafael Nascimento/MS
No caso das novas unidades participantes no estado, cerca de R$ 300 mil por mês serão convertidos especificamente em revascularizações do miocárdio, procedimento cirúrgico indicado para prevenir infartos e reduzir o risco de morte por doenças cardíacas.
De acordo com o Ministério da Saúde, a ampliação da participação da rede privada no SUS tem como objetivo reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados, com foco em sete áreas prioritárias:
oncologia,
cardiologia,
ortopedia,
ginecologia,
otorrinolaringologia,
oftalmologia
e nefrologia.
Parcerias para pesquisa no RJ
Além do reforço na oferta de cirurgias, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou no Rio uma carta de intenção com o Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa, braço científico da Rede D’Or.
O acordo prevê cooperação para o desenvolvimento de pesquisas em áreas como neurociências, oncologia, terapias avançadas, edição gênica e doenças metabólicas.
Ainda no estado, o ministério firmou um acordo de cooperação técnica com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia, com o objetivo de mapear a demanda e ajudar no planejamento da formação e distribuição de médicos anestesiologistas no país, uma das especialidades em que o SUS enfrenta déficit de profissionais.
Segundo a pasta, quase 160 hospitais privados já tiveram manifestações de interesse aprovadas para aderir ao programa e seguem em avaliação pelos gestores estaduais e municipais.
A expectativa é ampliar, gradualmente, a participação da rede privada na oferta de atendimentos de média e alta complexidade pelo SUS.