Suspeito de aplicar golpes usando concessionária de fachada é preso no DF
08/12/2025
(Foto: Reprodução) Carros estacionados em garagem em imagem ilustrativa.
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem de 27 anos suspeito de liderar um esquema de estelionato que enganava vítimas com a promessa da venda de carros que nunca eram entregues.
Por meio de uma concessionária de fachada, os criminosos pediam uma entrada às vítimas — com valores que podiam variar de R$ 5 mil a R$ 10 mil — para dar andamento ao financiamento do veículo. Depois, o suposto financiamento era negado e o dinheiro não era devolvido.
Outros cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos, nesta sexta-feira (5), em endereços ligados ao grupo, em Planaltina.
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Segundo a investigação da 31ª Delegacia de Polícia, os criminosos usavam perfis falsos em plataformas como Instagram, Facebook, OLX e TikTok para atrair compradores com preços abaixo do mercado e condições facilitadas.
Até o momento, ao menos oito casos foram identificados pela PCDF, com prejuízo total de R$ 133,4 mil. A Justiça autorizou o bloqueio e o sequestro dos valores para tentar ressarcir as vítimas.
Como funcionava o golpe
Após ver o anúncio na internet, as vítimas eram recebidas em endereços que simulavam lojas de veículos, com vendedores, pátio e “análise de crédito”;
Os golpistas exigiam o pagamento de uma entrada via PIX ou boleto para dar andamento ao suposto financiamento do carro;
Depois, uma ligação apresentada como sendo do banco, mas feita pelos próprios funcionários, orientava a vítima a responder “sim” a todas as perguntas;
Uma das perguntas era se a vítima aceitava perder o dinheiro em caso de negativa do financiamento.
Movidas pelas condições facilitadas e pela falsa promessa de que tudo daria certo, as vítimas aceitavam. A ligação era gravada.
O contato era encerrado com a justificativa de “crédito negado”, mas na verdade o financiamento nunca havia sido solicitado.
A gravação era usada pelo grupo para justificar a retenção do dinheiro da entrada.
Os funcionários da falsa concessionária também devem ser indiciados por estelionato. Segundo a Polícia Civil, muitas vezes eles eram contratados sem saber do esquema, mas continuavam trabalhando no local ao tomar conhecimento do crime.
Novas vítimas
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A polícia afirma que, quando eram pressionados, os integrantes do grupo mudavam o nome fantasia e o endereço da falsa loja, mas repetiam o mesmo método para fazer novas vítimas.
Durante as buscas da última sexta-feira, foram apreendidos celulares, notebook, máquina de cartão, chips e documentos que devem ajudar a identificar mais envolvidos e outros consumidores prejudicados.
A 31ª DP segue com as investigações para localizar possíveis comparsas e pede que pessoas que tenham caído no golpe procurem a delegacia.
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