TIJOLO SOBRE TIJOLO: O PROTAGONISMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL PRIVADA NO MARANHÃO
19/11/2025
(Foto: Reprodução) O barulho das betoneiras, o sobe e desce de operários e o concreto que toma forma em diferentes pontos da cidade. A paisagem urbana do Maranhão vem mudando rapidamente — e boa parte dessa transformação nasce da força da construção civil privada. É ela que, há anos, sustenta o ritmo da economia estadual, movimenta cadeias produtivas e ajuda a desenhar o futuro das cidades.
Essa é a leitura do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA), que acompanha de perto o desempenho do setor e destaca seu papel como um dos motores mais consistentes do desenvolvimento econômico e social do Estado.
“A construção civil tem poder de tração sobre toda a economia. Cada novo empreendimento ativa o comércio, os serviços e a indústria de materiais, além de gerar oportunidades e ampliar a base de arrecadação”, destaca o presidente do Sinduscon-MA, Fábio Nahuz.
Tijolo sobre tijolo: o protagonismo da construção civil privada no maranhão
Assessoria Sinduscon MA
Os dados do Observatório da Indústria do Maranhão confirmam essa força. O setor emprega atualmente 53.448 trabalhadores formais, sendo 26.654 na construção de edifícios, 18.226 em obras de infraestrutura e 8.568 em serviços especializados. Só em setembro de 2025, foram 893 novas vagas criadas, segundo o Novo Caged. É um retrato claro de uma atividade que segue aquecida e essencial para o equilíbrio econômico estadual.
O Valor Adicionado Bruto (VAB) da construção alcançou R$ 6,4 bilhões em 2024, representando 3,78% do PIB maranhense, estimado em R$ 171 bilhões. Para o o economista e analista técnico do Sebrae Maranhão, Cursino Raposo, o setor é um dos que mais rapidamente convertem investimento em resultados. “Cada real aplicado em obras privadas movimenta uma cadeia ampla de atividades, gerando renda, empregos e consumo. É um dos segmentos mais sensíveis e estratégicos da economia”, analisa.
Mas, além do impacto econômico, o Sinduscon-MA chama atenção para o papel social da construção civil. O Maranhão ainda enfrenta um déficit habitacional de 319.543 moradias, segundo a Fundação João Pinheiro, sendo 39.142 concentradas na Grande São Luís. Para o sindicato, o dado reforça a urgência de fortalecer o ambiente de negócios e ampliar os investimentos em habitação e infraestrutura urbana.
“A construção civil é muito mais que um indicador de crescimento. É uma engrenagem de desenvolvimento urbano e social. Quando o setor privado investe, não apenas movimenta a economia — transforma cidades, cria oportunidades e realiza o sonho da casa própria”, afirma Fábio Nahuz.
Com base nessa visão, o Sinduscon-MA reforça que o setor segue sendo um dos pilares do desenvolvimento do Maranhão — sustentando empregos, inspirando novos investimentos e ajudando a construir, tijolo sobre tijolo, as bases de um futuro mais sólido e equilibrado
Panorama da Construção Civil no Maranhão
- Empregos formais: 53.448 (Caged, set/2025)
- Participação no PIB estadual: 3,78% (VAB Construção/PIB-MA 2024)
- Valor agregado pelo setor: R$ 6,46 bilhões
- Déficit habitacional: 319.543 moradias (PNAD/FJP, 2022)
- Municípios da Grande São Luís: 39.142 moradias em déficit
- Efeito multiplicador: 1 emprego na construção → até 4 em outros segmentos
(Fonte: Observatório da Indústria, 2025)