Veja o que é #FATO ou #FAKE na entrevista de Tarcísio Motta ao g1

  • 07/08/2024
(Foto: Reprodução)
Pré-candidato do PSOL foi entrevistado, nesta quarta-feira (7), no g1. Ele falou sobre temas como Aluguel Social, Saúde e municipalização de trecho das barcas. Tarcísio Motta em entrevista ao g1 Stephanie Rodrigues/g1 Tarcísio Motta (PSOL) foi entrevistado na manhã desta quarta-feira (7) por Edimilson Ávila, apresentador do podcast Desenrola, no g1. A entrevista foi ao vivo, teve duração de uma hora, e Motta falou sobre alguns dos temas mais importantes da cidade do Rio. A equipe do Fato ou Fake checou algumas das principais declarações do prefeito. Leia: “O PSOL, em 2012, foi a alternativa que desafiou o atual prefeito Eduardo Paes, chegou com 28% naquela campanha com o Marcelo Freixo. Quatro anos depois, nós chegamos ao segundo turno, em 2016, e em ambas as candidaturas nossas alianças não eram exatamente alianças com muitos partidos, porque a gente não faz esse tipo de aliança para ganhar tempo de TV.” Fato g1 A declaração é #FATO. Veja por quê: O candidato fez a afirmação ao ser questionado sobre as alianças do PSOL. Em 2012, Eduardo Paes, candidato do PMDB, foi reeleito prefeito do Rio de Janeiro no 1º turno. Ele teve 64,60% dos votos válidos (2.097.733), e Marcelo Freixo (PSOL), 28,15% (914.082). Eduardo Paes disputou a reeleição pela coligação “Somos um Rio” (PRB/PP/PDT/PT/PTB/PMDB/PSL/PTN/PSC/PPS/PSDC/PRTB/PHS/PMN/PTC/PSB/PRP/PSD/PCdoB/PTdoB). Foi a coligação ampla, com 20 partidos, que lhe garantiu em 2012 tempo de TV muito superior. Ele contou com 16m17s. Já Marcelo Freixo, em 2012, não fez coligação. O pouco tempo de TV designado para a campanha do candidato do PSOL (1m22s), fez com que ele apostasse na internet. Ele utilizou com bastante frequência as redes sociais para divulgar as suas ideias. Em 2016, no segundo turno, Marcelo Crivella (PRB) foi eleito prefeito do Rio com 59,36% dos votos válidos. Freixo (PSOL) ficou com 40,64%. Crivella concorreu pela coligação “Por um Rio Mais Humano” (PRB/PTN/PR). Enquanto o candidato do PSOL fez parte da coligação “Mudar é Possível” (PSOL/PCB), de 2 partidos. No 1º turno, Pedro Paulo (PMDB), apoiado pelo atual prefeito Eduardo Paes, ficou em terceiro lugar. Sua coligação, “Juntos Pelo Rio”, era formada por 15 partidos (PMDB/PDT/PP/PTB/PSL/SD/DEM/PROS/PHS/PMN/PATRIOTA/PSDC/PTC/PTdoB/PRTB). Ainda no 1º turno, Crivella tinha 1m11s de tempo de TV, enquanto Freixo tinha somente 11 segundos. Pedro Paulo teve 3m30s. “O Rio de Janeiro é a capital com maior quantidade de pessoas no Bolsa Família no sudeste brasileiro.” Não é bem assim (Foto: G1 arte) #NÃO É BEM ASSIM. Veja por quê: Segundo dados da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, São Paulo é a capital com maior número de famílias contempladas pelo Bolsa Família na região Sudeste. Em junho deste ano, o número de famílias beneficiárias na capital paulista chegou a 716,1 mil. O Rio de Janeiro, por sua vez, tinha 572,5 mil beneficiários no mesmo período. Belo Horizonte (MG) possui 131,6 mil famílias cadastradas no programa, e Vitória (ES), apenas 20.009. Procurado pelo Fato ou Fake, a equipe de Tarcísio Motta disse que o pré-candidato estava se referindo à proporcionalidade de famílias per capita incluídas no Bolsa Família. “Nós vamos chegar a 80% dos alunos em horário integral em quatro anos de governo. (...) E isso vai cumprir parte da meta que estava pactuada há 10 anos atrás, porque a meta do Plano Municipal de Educação era de que nós já tivéssemos atingido 75% agora”. Não é bem assim (Foto: G1 arte) #NÃO É BEM ASSIM. Veja por quê: A Lei nº 6.362, de maio de 2018, aprovou o Plano Municipal de Educação do Rio de Janeiro. A meta 6 do projeto é oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 45% dos alunos da Educação Básica até 2020. O dado é diferente do apresentado pelo candidato, que afirmou que a meta era de 75%. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Educação, 27,8% dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental do Rio estavam matriculados em ensino de tempo integral. Dessa forma, a meta ainda não foi cumprida. Em nota, a assessoria de Tarcísio Motta reconheceu que o candidato se equivocou sobre o percentual de alunos matriculados em tempo integral estipulado pela meta do Plano Municipal de Educação, mas reiterou que o Rio ainda não atingiu o objetivo estipulado pelo PME. “Vejamos agora que ele [Eduardo Paes] nomeia Otoni de Paula, um bolsonarista de quatro costados, para ser seu coordenador de campanha. Agora, inclusive, nomeou aliados do Otoni para a Fundação Jardim Zoológico." Fato g1 A declaração é #FATO. Veja por quê: a fala de Tarcísio Motta aconteceu ao afirmar que Eduardo Paes, seu adversário na corrida à Prefeitura do Rio de Janeiro, “não é um voto antifascista” nem tem o apoio de toda a esquerda. Com pretensões eleitorais até junho deste ano, o deputado Otoni de Paula (MDB) desistiu da pré-candidatura à Prefeitura do Rio para assumir a coordenação de campanha de Eduardo Paes. O parlamentar, que é pastor da Assembleia de Deus de Madureira, assumiu aceitou fazer a interlocução com os eleitores evangélicos. Já imerso na campanha pela reeleição de Paes, Otoni de Paula viu aliados ganharem cargos na máquina pública. Há uma semana, Paes assinou a nomeação do pastor Jorge Coelho, líder de uma Assembleia de Deus em Cachoeiras de Macacu, para presidir a Fundação Jardim Zoológico. Outras seis pessoas ligadas a Otoni ganharam cargos na fundação: quatro delas — o pastor Jorge Coelho, Natanael Eufrásio de Oliveira, Thiago Silva Pinto do Nascimento e Roberto Feijó Bouviere — já foram assessores em gabinetes parlamentares do deputado. Uma quinta nomeada no Jardim Zoológico, Magali André Moreira, era assessora do ex-deputado estadual Otoni de Paula Pai, que morreu em junho. Outra contemplada com um cargo na fundação foi Juliene Leculgo Silva Coelho, nora do pastor Jorge. “Eu vi aqui inclusive, na entrevista do g1, ele [Eduardo Paes] dizendo ‘o nosso orçamento da educação agora é 40% maior’. Primeiro, ele errou. É só 35%, é abaixo do orçamento da prefeitura." Não é bem assim (Foto: G1 arte) #NÃO É BEM ASSIM. Veja por quê: O orçamento previsto para a Secretária de Educação na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 é de R$ 9.446.805.155. Em 2020, esse valor era de R$ 7.450.972.480. Apesar da cifra atual ser maior do que a de 4 anos atrás, o aumento de um ano ao outro não representa o percentual dito pelo prefeito, e sim cerca 26,8%, ainda abaixo do percentual apontado por Tarcísio Motta. Além disso, se comparado o percentual que o valor destinado para educação representa dentro do orçamento total, 2024 é menor do que 2020. Para este ano, a verba prevista para a pasta representa 20,65% de todo orçamento para a cidade. Esse percentual, em 2020, era de 22,7%. “Eduardo Paes, lembremos, nasceu tucano. Depois, votou a favor do impeachment da Dilma. Depois, votou em Bolsonaro em 2018. E se tornou um aliado de Lula apenas no final do primeiro turno.” É #FAKE g1 A declaração é #FAKE: Veja por quê: Em 2018, Eduardo Paes concorria ao governo do Estado. Ele não declarou voto em Jair Bolsonaro, embora tenha feito declarações elogiosas a ele durante a campanha. Aliados do prefeito chegaram a distribuir santinhos e adesivos de Paes e Bolsonaro durante a campanha daquele ano, mas o mesmo também foi feito com Fernando Haddad, o então postulante do PT ao Planalto. Também não é correto dizer que Paes votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), pois na época estava em seu segundo mandato na prefeitura do Rio, e o processo de impedimento da ex-mandatária foi votado no Congresso. No entanto, aliados próximos de Paes votaram para que Dilma perdesse o mandato — é o caso do deputado federal Pedro Paulo (PSD), braço direito e amigo de longa data do prefeito. Na época, Paes também chegou a dizer que o impeachment era resultado da “inabilidade política” de Dilma. Por fim, não é verdade que Paes só tenha se aliado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao final do primeiro turno de 2022. O prefeito declarou voto ao petista em julho daquele ano. “A lei aprovada em 2 mil e ... esqueci o ano da lei aqui agora, se não me engano é 2017, 2018, previa 18 mil vagas de camelôs na cidade do Rio de Janeiro.” Fato g1 A declaração é #FATO. Veja por quê: Durante a gestão Marcelo Crivella, o então secretário de Ordem Pública, coronel Paulo Amêndola, disse, em entrevista ao UOL em agosto de 2017, que existiam 18.400 licenças para vendedores ambulantes em vigor na cidade do Rio. No mesmo período, uma reportagem do RJTV dizia que a Prefeitura do Rio prometia criar 4,3 mil licenças para ambulantes, além das 18 mil que já existiam. "A Prefeitura do Rio, por exemplo, para enfrentar a desigualdade social deveria investir em políticas de assistência social. Em 2023, a prefeitura investiu apenas 2% do seu orçamento em assistência social." Fato g1 A declaração é #FATO. Veja por quê: Segundo a Lei de Orçamento Anual (LOA) aprovada na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro em 2023, o valor destinado à Secretaria de Assistência Social do Município foi de R$ 993 milhões. Esse total representa 2,17% do orçamento total da Prefeitura para o ano, que foi de R$ 45,7 bilhões. Participaram da checagem: Alice Portes, Camila Zarur, Cláudia Loureiro, Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Letícia Dauer, Marco Antonio Martins, Pedro Bohnenberger, Raoni Alves e Roney Domingos. Fato ou Fake explica: VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)

FONTE: https://g1.globo.com/fato-ou-fake/rio-de-janeiro/noticia/2024/08/07/veja-o-que-e-fato-ou-fake-na-entrevista-de-tarcisio-motta-ao-g1.ghtml


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