Vídeo: PM usa arma laser para mostrar a jurados que matou Leandro Lo em legítima defesa

  • 21/11/2025
(Foto: Reprodução)
Em júri, PM mostra como atirou em Leandro Lo O tenente da Polícia Militar (PM) Henrique Velozo usou uma arma falsa com mira laser para mostrar aos jurados como matou o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo , segundo ele, em legítima defesa. O g1 teve acesso ao vídeo gravado no júri com a demonstração (veja acima). Henrique e a defesa convenceram o júri de que o policial militar só atirou porque reagiu à agressão do lutador, que estava acompanhado de mais quatro amigos praticantes de artes marciais. O caso ocorreu em 7 de agosto de 2022 durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo. O julgamento do réu, que durou três dias, terminou na última sexta-feira (14) no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste. Por maioria de votos, o tenente foi absolvido da acusação de que quis assassinar Leandro. Ele respondia preso por homicídio doloso (intencional) triplamente qualificado por motivo torpe, perigo comum (ter colocado outras pessoas em risco) e recurso que dificultou a defesa da vítima. Acusação vai recorrer O policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, preso por ter matado o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, em agosto de 2022. Reprodução/Instagram Após três anos detido preventivamente, Henrique foi solto no sábado (15). E reassumiu o posto de trabalho na PM na terça (18). A decisão dos jurados revoltou a família de Leandro, que entendeu "não ter havido Justiça". O Ministério Público (MP), responsável por acusar Henrique, informou que irá recorrer às instâncias superiores pedindo a anulação do júri e a marcação de um novo julgamento _ a Promotoria ainda não apresentou os motivos, mas considerou a reação do PM desproporcional. Além de usar a arma de plástico com laser, Henrique também chorou olhando para os jurados no seu julgamento. E manteve o discurso de que não havia outra alternativa que não fosse sacar sua pistola particular Glock, calibre 380. O tiro foi fatal, atingiu a cabeça de Leandro. "Eu efetuei um disparo de arma de fogo para proteger a minha vida porque eu já tinha sido agredido uma vez. E eu ia ser agredido de novo. E eu tive que dar um disparo para poder [me] proteger porque eu não sabia se minha arma seria arrebatada ou não", falou Henrique no seu interrogatório. 'Tragédia', alega policial Henrique Velozo recebe da sua defesa arma falsa com mira laser para demonstrar num dos advogados como reagiu e atirou em Leandro Lo Reprodução Em resumo, pela versão do tenente, ele estava de folga e sem uniforme quando foi curtir um evento de pagode na balada. Quando passou pelo salão, contou que foi abordado por Leandro. Segundo Henrique, o lutador o questionou se ele era o PM que, em outra festa, num outro local, havia impedido seus amigos de brigarem com outras pessoas. "Quando eu cheguei próximo do palco, eu fui puxado pelo braço. Aí me virei e aí começou, começaram a me interpelar se era o cara, se era o polícia", falou Henrique. "Eram cinco homens, aproximadamente." Após isso, de acordo com o PM, ele foi preso pelas pernas e derrubado no chão por Leandro, que também o imobilizou com um golpe "mata-leão" (chave de braço no pescoço). Ele disse que perdeu os sentidos e, quando recobrou a consciência, o lutador veio novamente para cima dele. Neste momento, ele diz que sacou a arma e atirou. Na simulação que fez usando a arma laser com seus advogados, Henrique se levantou no plenário, e apontou a mira vermelha na testa de um dos seus defensores. "Foi infelizmente uma tragédia mesmo", disse. 'Inflamaram o ego', diz PM Num momento do julgamento, Henrique usa lenço após chorar Reprodução "A polícia pode usar o uso da força, não pessoas do povo ou pessoas que se dizem lutadoras. Então, na minha humilde opinião, esses falsos amigos que continuaram incentivando esse tipo de comportamento, eu acho que a motivação foi realmente essa", enfatizou Henrique. "Inflamaram o ego para arrumar confusão com outras pessoas e, infelizmente eu fui a pessoa final... que tomei os golpes, que recebi e tive que, infelizmente, fazer uso [da arma de fogo] para poder me resguardar." Procurado para comentar o assunto, o advogado Cláudio Dalledone Júnior, que defende o tenente, informou que seu cliente "não cometeu crime, mas agiu para se defender a uma injusta agressão". Em outro vídeo, esse enviado por sua defesa, Henrique disse: "Tive, infelizmente, que sujar minha mão". A gravação foi endereçada à família de Leandro. "Eu vim aqui para pedir perdão." Antes dessa divulgação, a mãe do lutador, Fátima Lo, tinha publicado vídeo em sua rede social para dizer que o prevaleceu a "impunidade" no julgamento. "Enterrei meu filho pela segunda vez." Quem foi Leandro Lo Júri absolve PM acusado de matar Leandro Lo Leandro tinha 33 anos quando morreu, mesma idade de Henrique atualmente. A vítima foi campeã mundial de jiu-jítsu por oito vezes. A última conquista, na categoria meio-pesado, foi em 2022, a primeira em 2012, na categoria peso-leve. Nas redes sociais, Leandro havia dito que dois títulos foram “as duas conquistas mais importantes da carreira”. Saiba quem é o lutador Leandro Lo, baleado na cabeça após discussão em SP LEIA TAMBÉM: 'Foi impunidade. Enterrei meu filho pela 2ª vez', diz mãe de Leandro Lo sobre julgamento que absolveu PM que matou no lutador PM que baleou e matou campeão de jiu-jítsu Leandro Lo é solto em SP Veja quem é Leandro Lo, o lutador oito vezes campeão mundial Policial que matou lutador Leandro Lo foi a boate e ao motel após o crime .

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/11/21/video-pm-usa-arma-laser-para-mostrar-a-jurados-que-matou-leandro-lo-em-legitima-defesa.ghtml


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