Voluntários ajudam a salvar tartarugas ameaçadas de extinção na Amazônia

  • 13/12/2025
(Foto: Reprodução)
Depois que nascem, os filhotes São alimentados em tanques até ficarem fortes o suficiente para retornar à natureza Reprodução/TV Globo Um projeto do Ibama no Pará tem sido fundamental para garantir a sobrevivência de uma espécie ameaçada. Uma vez por ano, as tartarugas da Amazônia deixam o rio e voltam ao lugar onde nasceram. Na ilha dos Camaleões, no arquipélago do Marajó, no Pará, a desova começou no fim de outubro. “Hoje, só por dia, nesse local, cerca de 300 tartarugas desovam aqui. A gente colhe por dia aqui cerca de cinco mil ovos, dez mil ovos, por dia”, afirma superintendente do Ibama no Amapá, Bernardino Nogueira. Mas, se os ovos ficarem na praia, não vão sobreviver. A ameaça vem da própria natureza. “A gente está numa região, o delta do Amazonas, na foz, onde tem uma variação de maré muito alta. Então, quando dá a maré de lançante, a cheia, ela vai cobrir essas praias. Então, a gente faz essa translocação pra preservar esses ninhos”, diz a coordenadora do Programa Quelônios da Amazônia (PQA) no Amapá, Márcia Bueno. Sem esse cuidado, as tartarugas da região correm o risco de desaparecer. O Programa Quelônios da Amazônia garante o manejo adequado da espécie em todos os estados da região Norte. Embora a ilha fique no Pará, o trabalho no local é coordenado pelo Ibama do Amapá, por estar mais próximo da área. São, em média, 90 ovos por ninho, mas algumas tartarugas conseguem pôr até 160. Eles são levados de barco para outra ilha, onde ficam em uma espécie de berçário, com as mesmas condições da praia. Cada bandeja tem ovos de uma tartaruga, E eles não podem ser misturados e vão para a mesma cova. Ao final desse trabalho, são mais de 200 mil ovos na incubadora. Mas as tartarugas só vão nascer mesmo em janeiro. “Tem que ser um trabalho bem delicado mesmo, ter cuidado pra não molhar. É uma responsabilidade grande de cada um fazer esse trabalho, porque é uma vida que está em jogo ali”, afirma o parceiro do projeto Luiz Barros de Sena. O calor fora do padrão vem alterando o ciclo natural das tartarugas. Nos últimos anos, a desova passou a ocorrer mais tarde. Os filhotes nascem no período de chuvas mais intensas na Amazônia. “Quando eu cheguei aqui há 40 anos, elas começavam a fazer a desova por volta de 5 de agosto. E hoje elas atrasaram. Por conta do tempo, da mudança climática, elas começam a fazer desova só no final de setembro, início de outubro. E elas desovando mais tarde já tem futuramente uma perda de filhotes, por problema da chuva que impede a eclosão dos filhotes”, explica Luiz Barros de Sena. Depois que nascem, os filhotes ainda ficam sob cuidados. São alimentados em tanques até ficarem fortes o suficiente para retornar à natureza.

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/13/voluntarios-ajudam-a-salvar-tartarugas-ameacadas-de-extincao-na-amazonia.ghtml


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